Os problemas respiratórios relacionados ao sono são um grupo de distúrbios que afetam nossa respiração enquanto dormimos. Eles são caracterizados por interrupções dos padrões respiratórios normais que ocorrem apenas durante o sono.
Portanto, a pessoa com problemas respiratórios pode ser a última a saber que tem um distúrbio. E, entre os mais comuns, estão a apneia do sono e o ronco. Mas há outros, como dificuldades para dormir, hipersonias, parassonias e distúrbios do movimento relacionados ao sono (por exemplo, síndrome das pernas inquietas).
Desta forma, se você ao acordar sente que não teve um boa noite de sono, pode ser que tenha problemas respiratórios. Quer saber mais sobre o tema, e como tratá-los? Então veio ao lugar certo! Confira nosso artigo!
Por que dormimos?
Este é um tópico complexo que entendemos apenas parcialmente. Mamíferos, répteis, pássaros e até moscas de fruta foram observados dormindo. Um peixe-boi pode dormir com um lado do cérebro enquanto o outro lado está acordado e alerta. Dormir dessa maneira evita um longo período de inconsciência, durante o qual ficaria muito vulnerável.
Os humanos normalmente precisam de 7 a 8 horas de sono todas as noites. Mas as necessidades individuais de sono variam em cada indivíduo. O sono deve ser restaurador e necessário para manter a saúde. Durante o sono, descansamos e reparamos nossos músculos e organizamos nossos pensamentos e memórias.
Portanto, se ficarmos privados de sono, nos sentiremos cansados fisicamente e mentalmente exaustos. Muitos estudos mostram que a privação de sono causa uma diminuição na capacidade de resolução de problemas, atenção e tempo de reflexo manual.
Problemas respiratórios que afetam o sono
Os problemas respiratórios relacionados ao sono são condições de respiração anormal e difícil durante o sono. Alguns distúrbios relacionados ao sono têm impacto limitado na saúde. Mas outros podem ter consequências graves devido aos seus efeitos potenciais no sono e no equilíbrio do oxigênio e do dióxido de carbono no sangue.
A apneia obstrutiva do sono (SAOS) é um dos distúrbios respiratórios relacionados ao sono mais comuns e graves. Por exemplo, na SAOS, as vias aéreas colapsam repetidamente durante o sono. Isso causa lapsos na respiração que tanto fragmentam o sono quanto afetam os níveis de oxigênio do corpo. A síndrome de resistência das vias aéreas superiores (SRVAS) é uma forma mais branda de SAOS, na qual o sono é interrompido. Mas os níveis de oxigênio não são afetados no mesmo grau.
Ronco, respiração ofegante ou engasgamento durante o sono e sonolência diurna excessiva são sintomas centrais da SAOS. Quando não tratada, a condição pode causar problemas de saúde significativos. Entre elas, estão problemas cardiovasculares, como pressão alta e derrame. Uma variedade de opções de tratamento é eficaz no tratamento da apneia obstrutiva do sono e na redução de seus sintomas.
Um componente inicial do tratamento para a apnéia obstrutiva do sono é informando o paciente sobre a condição e como pode ser ajudado por mudanças específicas no estilo de vida.
Por exemplo, perder peso, praticar exercícios regularmente, limitar o uso de álcool e sedativos, evitar fumar e ajustar a posição de dormir pode reduzir a gravidade da SAOS. Em casos extremos, cirurgias podem ser necessárias. Nelas é feita a remoção o tecido da parte posterior da garganta, incluindo a úvula, parte da parede da garganta e, se houver, as amígdalas e as adenoides.
Apneia Central do Sono
Na apneia central do sono (ACS), ocorrem lapsos na respiração durante o sono devido à falta de esforço para respirar. Isso acontece quando o cérebro não envia sinais adequadamente aos músculos respiratórios ou os músculos respiratórios não são ativados em resposta aos sinais do cérebro.
Dessa forma, a apneia central do sono é distinta da obstrutiva do sono, mas as duas condições podem ocorrer juntas. Além disso, às vezes o tratamento para SAOS desencadeia ACS, que é chamado de apneia central do sono emergente do tratamento.
Existem diferentes tipos de ACS com base na natureza do problema subjacente que impede a respiração adequada. Alguns fatores de risco estabelecidos incluem problemas cardiovasculares, uso de narcóticos e altitude elevada. Mas nem todos os casos estão relacionados a esses problemas. Um dos principais focos do tratamento da apneia central do sono é abordar sua causa subjacente.
Transtornos de hipoventilação relacionados ao sono
Os distúrbios de hipoventilação envolvem níveis elevados de dióxido de carbono no sangue durante o sono. Eles são resultantes da falta de ar entrando e saindo dos pulmões.
Por exemplo, pessoas com distúrbios de hipoventilação relacionados ao sono têm doenças pulmonares como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou hipertensão pulmonar. Distúrbios que afetam o sistema nervoso e alguns tipos de medicamentos também podem afetar a respiração e desencadear a hipoventilação.
Transtorno de hipoxemia relacionado ao sono
A hipoxemia é um baixo nível de oxigênio no sangue. O distúrbio de hipoxemia relacionado ao sono ocorre quando as concentrações de oxigênio caem. Mas ao mesmo tempo, os níveis de dióxido de carbono não aumentam o suficiente para cruzar o limite para o diagnóstico de distúrbio de hipoventilação relacionado ao sono.
O transtorno de hipoxemia relacionado ao sono ocorre principalmente como resultado de outro problema de saúde que afeta a respiração. Isso inclui vários tipos de doenças pulmonares, e o tratamento da hipoxemia frequentemente envolve um enfoque nesse problema subjacente.
Ronco
O ronco ocorre quando o ar se move ao redor do tecido mole próximo à parte posterior da garganta e faz com que esse tecido vibre. Ronco leve de vez em quando é normal para a maioria das pessoas e não é prejudicial.
O ronco que ocorre mais de três noites por semana, é classificado como um distúrbio respiratório relacionado ao sono.
Por exemplo, os fatores de risco para o ronco crônico incluem coisas que comprimem as vias aéreas ou fazem com que o tecido relaxe. Algumas causas comuns são obesidade, uso de álcool e sedativos, congestão nasal crônica e dormir de costas. Algumas pessoas têm mais tendência a roncar devido à anatomia da boca, do nariz e da garganta.
A principal preocupação de saúde associada ao ronco é a possibilidade de ser indicativo de um caso subjacente de apneia obstrutiva do sono. Por isso converse com um médico se o ronco ocorrer com outros sintomas, como sonolência diurna, ganho de peso recente, ranger de dentes durante sono ou dores de cabeça matinais.
Trate seus problemas respiratórios
Caso você tenha algum problema respiratório, iniciar o tratamento o quanto antes é essencial. Isso garante que seu organismo possa descansar e se recuperar, permitindo ainda que você tenha melhor qualidade de vida.
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