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O consumo de flavonóides no combate a doenças neurodegenerativas

Os flavonóides são polifenóis vegetais de ocorrência natural, encontrados universalmente em todas as frutas, vegetais e plantas medicinais. Eles surgiram como candidatos promissores na formulação de estratégias de tratamento para vários distúrbios neurodegenerativos. 

O uso de extratos de plantas e alimentos ricos em flavonóides na suplementação dietética tem mostrado resultados favoráveis. Além disso, alguns estudos comprovam que seu consumo regular contribui para o combate às doenças neurodegenerativas.

Mas o papel neuroprotetor de vários flavonóides e o possível mecanismo de ação no cérebro contra a neurodegeneração foram descritos em detalhes com ênfase especial na tangeritina — que é o composto ativo da tangerina.

Para saber mais sobre os flanovóides, e como eles achem no combate às doenças neurodegenerativas, preparei o artigo abaixo. Confira!

O que são flavonóides?

Os flavonóides são vários compostos encontrados naturalmente em muitas frutas e vegetais. Eles também estão em produtos vegetais como vinho, chá e chocolate. 

Além disso, existem seis tipos diferentes de flavonóides encontrados nos alimentos, e cada tipo é decomposto pelo seu corpo de uma forma diferente.

Os flavonóides são ricos em atividade antioxidante e podem ajudar seu corpo a evitar as toxinas do dia a dia. 

Dessa forma, incluir mais flavonóides na dieta é uma ótima maneira de ajudar seu corpo a se manter saudável e diminuir potencialmente o risco de algumas doenças crônicas.

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Seu papel no combate às doenças neurodegenerativas

Um novo estudo mostra que pessoas que comem uma dieta que inclui pelo menos meia porção por dia de alimentos ricos em flavonóides como morangos, laranjas, pimentões e maçãs podem ter um risco 20% menor de declínio cognitivo. 

A pesquisa foi publicada na edição online de 28 de julho de 2021 da Neurology, a revista médica da American Academy of Neurology. O estudo analisou vários tipos de flavonóides e descobriu que flavonas e antocianinas podem ter o efeito mais protetor e de combate às doenças neurodegenerativas.

O estudo avaliou 49.493 mulheres com idade média de 48 e 27.842 homens com idade média de 51 no início do estudo. 

Ao longo de 20 anos de acompanhamento, as pessoas responderam a vários questionários sobre a frequência com que ingeriam vários alimentos. 

A ingestão de diferentes tipos de flavonóides foi calculada multiplicando-se o conteúdo de flavonóides de cada alimento por sua frequência. 

Por exemplo, os participantes do estudo avaliaram suas próprias habilidades cognitivas duas vezes durante o estudo, usando perguntas como: “Você tem mais dificuldade do que o normal para se lembrar de eventos recentes?” e “Você tem mais dificuldade do que o normal para lembrar uma pequena lista de itens?” 

Resultados

Esta avaliação captura problemas iniciais de doenças neurodegenerativas, quando a memória das pessoas piorou o suficiente para que percebessem, mas não necessariamente o suficiente para ser detectada em um teste de triagem.

Além disso, as pessoas no grupo que representava os 20% mais consumidores de flavonóides, em média, tinham cerca de 600 miligramas (mg) em suas dietas por dia. Em contraste com as pessoas nos 20% mais baixos dos consumidores de flavonóides, que tinham cerca de 150 mg em suas dietas a cada dia. 

Morangos, por exemplo, têm cerca de 180 mg de flavonóides por porção de 100 gramas, enquanto as maçãs têm cerca de 113.

Melhora com o aumento do consumo

Depois de ajustar para fatores como idade e ingestão calórica total, as pessoas que consumiram mais flavonóides em suas dietas relataram menor risco de declínio cognitivo. 

O grupo de maiores consumidores de flavonóides teve 20% menos risco de declínio cognitivo auto-relatado do que as pessoas do grupo mais baixo.

Os pesquisadores também analisaram os flavonóides individuais. Por exemplo, os flavonas, encontrados em alguns temperos e frutas e vegetais amarelos ou laranja, como a tangerina, tinham as qualidades protetoras mais fortes. Mas também se associam a uma redução de 38% no risco de declínio cognitivo, o que equivale a ser três a quatro anos mais jovem. 

Pimentas têm cerca de 5 mg de flavonas por porção de 100 gramas. Antocianinas, encontradas em mirtilos, amoras e cerejas, se associam a uma redução de 24% no risco de declínio cognitivo. Os mirtilos têm cerca de 164 mg de antocianinas por porção de 100 gramas.

Mas, pelo estudo, as pessoas que se saíram melhor ao longo do tempo comeram em média pelo menos metade de uma porção por dia de alimentos como suco de laranja, laranja, pimentão, aipo, tangerina, maçãs e peras. 

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Consuma mais flavonóides

Embora seja possível que outros fitoquímicos também sejam contribuintes, uma dieta colorida rica em flavonóides — e especificamente flavonas e antocianinas — parece ser uma boa aposta para promover a saúde do cérebro a longo prazo e evitar doenças neurodegenerativas.

E nunca é tarde para começar, porque vimos essas relações protetoras. Afinal, de acordo com o estudo, quer as pessoas consumissem os flavonóides em sua dieta há 20 anos, quer tenham começado a incorporá-los mais recentemente, os resultados foram bem otimistas. 

Portanto, para garantir uma melhor qualidade de vida no futuro, suas mudanças devem começar agora. Espero que tenha gostado do artigo sobre flavonóides no combate às doenças neurodegenerativas. E para receber dicas e conteúdo exclusivo sobre Medicina Integrativa, assine minha newsletter clicando no botão abaixo!