O hormônio testosterona é muito mais importante do que apenas proporcionar “características masculinas”. Mas qual será a relação entre a testosterona e a saúde do coração?
Com o passar da idade, principalmente após os 30 anos, o homem começa a reduzir a produção desse importante hormônio.
Assim como, pelos mais diversos motivos, muitos começam a suplementação sem acompanhamento médico.
Em síntese, diversos estudos relacionam a deficiência e também o excesso de testosterona com o aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardíacas. Vamos entender melhor no artigo abaixo:
O que é a testosterona
A testosterona é um hormônio masculino produzido nos testículos e responsável especificamente pela diferenciação sexual.
A ação da testosterona está tradicionalmente relacionada ao desejo e potência sexual masculina, mas também tem atuação em diversos órgãos e sistemas no organismo.
Seu declínio está relacionado às alterações físicas e psíquicas nos homens, associado principalmente ao envelhecimento.
Qual a relação com a saúde do coração?
A testosterona pode influenciar diretamente na saúde cardíaca tanto quando se apresenta em altos índices quanto quando está em baixa.
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Quando a testosterona está abaixo do normal:
É perfeitamente normal que a testosterona em homens de mais de 30 anos apresente declínios em seus níveis. Na verdade, esse declínio segue até o fim da vida.
Os sintomas mais comuns a serem apresentados são o decréscimo da pulsão sexual, disfunção erétil, depressão do humor e dificuldades com a concentração e memória.
Além disso, recentemente foi descoberto que a deficiência da testosterona pode estar relacionada com o aumento do risco de desenvolvimento de algumas doenças cardíacas.
Isso porque, a testosterona age diretamente na musculatura cardíaca, mantendo-a forte.
Além disso, ela atua no metabolismo, reduzindo, por exemplo, os níveis de gordura e elevando a sensibilidade do corpo à insulina.
Estes fatores minimizam os riscos cardiovasculares, protegendo o organismo do paciente de um possível acidente vascular e infarto.
Quando a testosterona está acima do normal:
Um estudo feito tanto com homens de várias idades, mostrou um risco aumentado de derrame e infarto como resultado da reposição hormonal de testosterona sem controle médico.
É claro que existe a necessidade de se utilizar a reposição do hormônio em homens com baixa quantidade de testosterona. Como em portadores de doenças genéticas, no uso de quimioterapia, nas doenças endócrinas ou apenas o simples ganho de massa.
Entretanto, o segredo para o sucesso dessa suplementação é estar sempre sob o controle médico.
A utilização da testosterona sem indicação definida, apenas para ganho de massa muscular ou para rejuvenescimento, pode trazer consequências gravíssimas.
O estudo que citei anteriormente mostrou 30% do aumento do risco de derrames, infarto do miocárdio e morte dos pacientes que usaram o hormônio.
Cuide-se!
Sabemos que culturalmente os homens costumam ir menos ao médico e optar muitas vezes pela automedicação. Mas é fato que esse é um costume que deve ser deixado de lado o quanto antes.
A saúde masculina demanda atenção completa, inclusive quando se trata “apenas” de uma nova suplementação, que de cara parece simples.
Hormônios são coisa séria e precisam estar em harmonia para que o corpo funcione bem.
Se você acredita que precisa suplementar testosterona, seja qual for o motivo, procure seu médico e faça isso com segurança.
Espero ter esclarecido suas dúvidas sobre a síndrome pós-covid.
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Até breve,
Dr. Francis Vinicius.